Pressões sazonais, advindas dos reajustes dos transportes e aumentos dos preços dos alimentos aceleraram o Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), que registrou alta de 0,52% em janeiro ante elevação de 0,35% em dezembro do ano passado. O resultado é também superior ao observado em janeiro de 2006, quando ocorreu alta de 0,51%.
Pressões sazonais, advindas dos reajustes dos transportes e aumentos dos preços dos alimentos aceleraram o Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), que registrou alta de 0,52% em janeiro ante elevação de 0,35% em dezembro do ano passado. O resultado é também superior ao observado em janeiro de 2006, quando ocorreu alta de 0,51%.
Considerado uma prévia do IPCA – indicador utilizado como referência para a política de metas de inflação do País – o IPCA-15 acumula nos últimos 12 meses alta de 2,97%, de acordo com dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Esse resultado já era esperado pelo mercado, e o mais importante a destacar é que as pressões foram sazonais, resultando principalmente do aumento de itens como tarifas dos transportes e alimentos”, analisa Marcela Prada, economista da Tendências Consultoria Integrada, completando que o IPCA de janeiro – que ela projeta em 0,42% – já deve refletir o arrefecimento dessas pressões.
O caráter pontual do aumento de janeiro não altera a estimativa da consultoria, que prevê expansão do IPCA de 4,1% neste ano.
Os preços dos transportes tiveram elevação de 1,03% neste mês, ante alta de 0,46% em dezembro devido ao reajuste nas tarifas dos transportes e da elevação dos preços do álcool (3,54%). Com variação média de 3,29%, o maior aumento na tarifa dos ônibus urbanos foi registrado na cidade de São Paulo (7,98%), onde o reajuste foi de 15% a partir de novembro do ano passado.
Com relação ao álcool, a alta foi igualmente puxada pelo resultado de São Paulo, onde foi registrado aumento de 8,56% na região metropolitana.
Os alimentos também tiveram participação importante no índice, passando da variação positiva de 0,48% em dezembro para 0,72% em janeiro. Marcela ressalta que por conta das chuvas neste período, houve aumento especialmente dos alimentos in natura.
Os destaques foram os itens óleo de soja (8,12%), café (3,85%), hortaliças (3,76%), ovos (3,23%), pescado (3,17%), arroz (2,59%), frutas (2,03%), lanche (1,45%) e refeição em restaurante (0,80%).
Capitais
Três das sete capitais pesquisadas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) desaceleraram a alta de preços na terceira quadrissemana de janeiro. São Paulo, que na apuração anterior registrou aumento de 0,93%, nesta medição apresentou alta menos intensa, de 0,89%. No Rio de Janeiro, a inflação recuou de 1,07% para 0,97% entre as duas apurações.