Mercado baixa mais a projeção para o IPCA

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As projeções do mercado financeiro para a inflação deste ano caíram pela segunda vez seguida e voltaram a ficar abaixo dos 3%. As apostas de analistas e consultores, de acordo com a pesquisa semanal Focus, feita pelo Banco Central com mais de 100 instituições financeiras e empresas de consultoria, passaram a se concentrar ao redor dos 2,97% para a variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), bem abaixo da meta de 4,5% fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

As projeções do mercado financeiro para a inflação deste ano caíram pela segunda vez seguida e voltaram a ficar abaixo dos 3%. As apostas de analistas e consultores, de acordo com a pesquisa semanal Focus, feita pelo Banco Central com mais de 100 instituições financeiras e empresas de consultoria, passaram a se concentrar ao redor dos 2,97% para a variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), bem abaixo da meta de 4,5% fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A queda veio acompanhada de uma revisão para baixo da estimativa para a taxa de câmbio para o final do ano, de R$ 2,18 para R$ 2,17.


O câmbio valorizado é apontado por analistas econômicos como uma das principais causas do bom comportamento dos preços neste ano. A estimativa de reajuste dos preços administrados, por sua vez, recuou pela terceira vez consecutiva, passando de 4,2% para 4,1%. A redução, neste caso, está vinculada à tendência de diminuição dos preços do petróleo no mercado internacional.


De acordo com a pesquisa, divulgada ontem, a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), em contrapartida, se estabilizou em 3%. A previsão do mercado é inferior aos 3,5% esperados pelo BC, conforme consta do Relatório de Inflação divulgado no mês passado.


Com esse cenário, o mercado manteve a previsão de queda de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros (a Selic), na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do fim de novembro. Na semana passada, o Copom reduziu a Selic em 0,5 ponto, de 14,25% para 13,75% ao ano.


IPC-S. Com a tarifa de água e esgoto residencial subindo menos (de 1,63% para 0,86%) a inflação no varejo medida pelo Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) perdeu força na terceira semana de outubro. O índice subiu 0,14%, ante aumento de 0,18% apurado na semana anterior – o menor resultado em dois meses.


O economista André Braz, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que calcula o índice, explicou que a tarifa de água foi reajustada já há algum tempo, e o impacto desse aumento na inflação diminuiu o ritmo. “Isso fez com que a alta nos preços de habitação passasse de 0,22% para 0,15% (entre a segunda e a terceira semana de outubro)”, acrescentou.


A surpresa nessa edição do IPC-S foi o comportamento das carnes, cuja alta de preços perdia força, a cada apuração, mas registrou uma retomada, no índice anunciado ontem.


 

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