Mercado eleva a previsão para juros

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As projeções do mercado financeiro para a taxa de juros no final deste ano subiram de 11,5%, para 11,75% ao ano, segundo a pesquisa semanal Focus, divulgada ontem pelo Banco Central (BC). A economista da Tendências Consultoria, Marcela Prada, observou que a mudança ocorreu um dia depois da divulgação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “Foi algo que aconteceu antes da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de cortar os juros em apenas 0,25 ponto percentual”, disse.

As projeções do mercado financeiro para a taxa de juros no final deste ano subiram de 11,5%, para 11,75% ao ano, segundo a pesquisa semanal Focus, divulgada ontem pelo Banco Central (BC). A economista da Tendências Consultoria, Marcela Prada, observou que a mudança ocorreu um dia depois da divulgação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “Foi algo que aconteceu antes da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de cortar os juros em apenas 0,25 ponto percentual”, disse. Ela lembrou que as projeções do mercado para a taxa Selic neste mês já embutiam uma possibilidade de redução do ritmo da queda dos juros de 0,5 para 0,25 ponto.


Outra conseqüência do PAC foi a redução das projeções do mercado financeiro para o superávit primário do setor público neste ano. Após a divulgação do plano, as estimativas de superávit recuaram de 4,25% para 4,13% do Produto Interno Bruto (PIB).


Ao anunciar o PAC, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o governo encaminharia ao Congresso Nacional projeto de lei propondo o aumento dos gastos do Projeto Piloto de Investimentos (PPI) de 0,2% para 0,5% do PIB. Com o aumento, ficou aberta a possibilidade de redução do superávit primário deste ano de 4,25% para 3,75% do PIB, já que os investimentos do PPI não são contabilizados no cálculo do superávit.


A pesquisa do BC registrou ainda uma elevação das projeções do mercado financeiro para a variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) neste ano, de 4,07% para 4,09%. “Foi um pequeno ajuste provocado pela própria elevação da inflação corrente”, disse Prada. Apesar da elevação, o prrcentual projetado ainda é menor que a meta central de 4,5% fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). “O cenário para a inflação continua muito favorável”, comentou Marcela Prado.


 

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