Jornal do Commercio Editoria: Economia Página: A-4
Pela primeira vez no País, as mulheres já possuem mais cartões de crédito que os homens, revelou estudo divulgado ontem pelo Itaucard, parte da pesquisa mensal Indicadores do Mercado de Meios Eletrônicos de Pagamento, que abrange cartões de todas as bandeiras. No fim do primeiro trimestre, as mulheres respondiam por 50,2% da base de 79,2 milhões de plásticos em março, ante uma participação de 49,6% em igual período de 2006. Elas ainda são minoria, no entanto, se considerado o volume de transações (45%).
Jornal do Commercio Editoria: Economia Página: A-4
Pela primeira vez no País, as mulheres já possuem mais cartões de crédito que os homens, revelou estudo divulgado ontem pelo Itaucard, parte da pesquisa mensal Indicadores do Mercado de Meios Eletrônicos de Pagamento, que abrange cartões de todas as bandeiras. No fim do primeiro trimestre, as mulheres respondiam por 50,2% da base de 79,2 milhões de plásticos em março, ante uma participação de 49,6% em igual período de 2006. Elas ainda são minoria, no entanto, se considerado o volume de transações (45%).
“As mulheres continuam ganhando espaço no mercado de consumo, com crescimento contínuo no uso do cartão de crédito. Apesar de serem maioria em número de cartões, as mulheres têm desempenho menor em volume de operações por causa da restrição de renda. A tendência é que elas ganhem a maioria também em faturamento”, afirma o diretor de marketing de cartões do Itaú, Fernando Chacon. A estimativa para o crescimento do volume de operações feitas pelas mulheres em 2007, de 21%, é superior àquela para o mercado como um todo (20%).
A pesquisa divulgada ontem mostra ainda que o número de plásticos no Brasil já atingiu 81 milhões em maio, o que representa uma alta de 17,2% em relação a igual mês de 2006. O faturamento do setor acumula R$ 71 bilhões nos cinco primeiros meses do ano, 18,3% sobre igual período do ano passado.
Chacon manteve as projeções para 2007 de expansão da base de cartões, em 15%, e do faturamento, em 20%, que, se confirmadas, levarão o País a alcançar 89,7 milhões de plásticos e R$ 188,3 bilhões de faturamento até o fim do ano. Sem apontar índices de inadimplência, disse apenas que o patamar está elevado, ainda que estável.
“O endividamento tem sido fundamental para a expansão da economia brasileira, já que a renda não está crescendo tanto. Hoje, o volume financiado ao consumidor corresponde a 32% do PIB, enquanto no Chile é de 60%. A diferença é que o crédito imobiliário é mais evoluído, de mais longo prazo. No curto prazo, não vejo grande espaço para o crédito crescer no Brasil”, apontou.
A pesquisa apresentada pelo Itaucard mostra que, a despeito de representarem 51% da população brasileira, as mulheres correspondem a 45% do chamado público-alvo do mercado de cartão de crédito, que é composto pela população urbana, de 18 anos ou mais, com rendimentos pessoais superiores a R$ 250.
O cartão de crédito é o meio de pagamento mais utilizado pelas mulheres (39%), enquanto a primeira opção dos homens é o dinheiro (46%). O dinheiro é o segundo meio de pagamento mais usado pelas mulheres (37%). Entre as mulheres com cartão, 42% são chefes de família, enquanto se considerada a base das mulheres que trabalham o percentual é de 30%. A participação das mulheres com renda entre R$ 250 e R$ 2.499 aumentou entre os primeiros trimestres de 2006 e 2007.
As mulheres mais novas foram as que aumentaram a participação no total do número de cartões. Entre 18 e 24 anos, a parcela subiu de 10% para 11% entre os dois primeiros trimestres, enquanto na faixa entre 25 e 34 anos a alta foi de 25% para 26% na mesma base de comparação.
Serasa: cai o número cheques sem fundos
O volume de cheques devolvidos por falta de fundos a cada mil compensados recuou 6% no acumulado de janeiro a abril deste ano, em relação ao igual período de 2006. Segundo pesquisa da Serasa divulgada ontem, foram devolvidos 20,2 cheques a cada mil compensados nos primeiros quatro meses deste ano, contra 21,5 no período equivalente do ano passado, em todo o país.
A inadimplência com cheques também registrou queda em abril deste ano na comparação com março, quando o volume de cheques devolvidos por mil compensados diminuiu 14,3%, em todo território nacional
Um total de 128,4 milhões de cheques foi compensado em abril e 2,54 milhões, devolvidos duas vezes por insuficiência de fundos. Os cheques compensados em março de 2007 totalizaram 132,1 milhões, e os devolvidos por falta de fundos foram 3,04 milhões.