O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, garantiu nesta quarta-feira (18) que não existe mais risco de crise de desabastecimento de gás natural no Brasil, pois o “risco Bolívia” já foi superado. Ao participar de audiência pública da Comissão Especial da Lei do Gás, ele disse ainda que não foram afetados os contratos de venda do gás boliviano para o Brasil, mas apenas os contratos de extração do produto pela Petrobras.
O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, garantiu nesta quarta-feira (18) que não existe mais risco de crise de desabastecimento de gás natural no Brasil, pois o “risco Bolívia” já foi superado. Ao participar de audiência pública da Comissão Especial da Lei do Gás, ele disse ainda que não foram afetados os contratos de venda do gás boliviano para o Brasil, mas apenas os contratos de extração do produto pela Petrobras. De acordo com Gabrielli, para aumentar a segurança do Brasil o País aumentou os investimentos na produção de gás e a Petrobras continua pesquisando novas fontes brasileiras de gás natural.
Além de uma legislação eficiente, na opinião de Gabrielli, o Brasil precisa de um plano de investimentos para o setor de gás. Segundo ele, a Petrobras pretende investir 22,4 bilhões de dólares (cerca de R$ 45,7 bilhões) para expandir a produção de gás até 2011. Com isso, deverá ser dobrada a malha de gasodutos e bastante ampliada a produção de gás natural, que poderá passar dos atuais 40 milhões de metros cúbicos para 71 milhões de metros cúbicos por ano.
Expansão do setor
Ao apresentar um panorama do mercado de gás natural no Brasil, Gabrielli informou que o setor registrou taxas de crescimento de 13% de 1980 a 2004. “A Petrobras teve participação decisiva nesse processo de expansão para atender ao crescimento da demanda interna”, afirmou. A expectativa da companhia é de que o crescimento do consumo ultrapasse o dobro do registrado atualmente.
O aumento dos investimentos e as pesquisas para mapear novas fontes de gás natural no Brasil foram apontados por ele como alternativas para superar a dependência de mercados vizinhos. “Essa é uma das metas de curto prazo do Brasil e a Petrobras tem condições de atingi-la”, afirmou.
Lei do Gás
Conforme a avaliação do presidente da Petrobras, a Lei do Gás é oportuna porque a indústria brasileira nesse setor ainda está em fase de implantação. Segundo ele, se comparada à indústria do petróleo a do gás ainda está na “fase da infância”.
Gabrielli afirmou que a futura lei não deve impor regras para impedir investimentos no setor, deve garantir a manutenção da autonomia dos agentes reguladores e estimular a livre iniciativa e a livre associação dos interessados em investir no transporte de gás. Segundo ele, se forem observados esses requisitos o investidor será beneficiado, porque terá garantia de retorno e, assim, o consumidor também sairá ganhando com a redução de preços.
Agência Câmara, 19 de abril de 2007.