O comércio amargou maior prejuízo com cheques sem fundo em 2006. O índice de cheques devolvidos por falta de fundos medido pelo Telecheque chegou a 2,47% em 2006, enquanto no ano anterior havia sido de 2,31%. O indicador refere-se ao valor dos cheques e não ao número de unidades emitidas. De acordo com a companhia de análise de crédito, o indicador de 2,47% significa que, no ano passado, a cada R$ 100 emitidos, R$ 2,47 voltaram por falta de fundos, contra R$ 2,31 em 2005 (2,31%).
O comércio amargou maior prejuízo com cheques sem fundo em 2006. O índice de cheques devolvidos por falta de fundos medido pelo Telecheque chegou a 2,47% em 2006, enquanto no ano anterior havia sido de 2,31%. O indicador refere-se ao valor dos cheques e não ao número de unidades emitidas. De acordo com a companhia de análise de crédito, o indicador de 2,47% significa que, no ano passado, a cada R$ 100 emitidos, R$ 2,47 voltaram por falta de fundos, contra R$ 2,31 em 2005 (2,31%). O valor representa alta de 6,93% no valor emitido em 2006.
Na avaliação da Telecheque, embora o índice médio de inadimplência nas transações com cheques em 2006 tenha subido, foi observada queda gradativa neste indicador já no segundo semestre do ano passado. No acumulado entre julho e dezembro, houve declínio de 6,55% em relação ao igual período de 2005. Segundo a empresa, este movimento de baixa deve “se acentuar” no primeiro semestre de 2007.
“A oferta massiva de crédito ao longo de 2005, em que foi destaque o “boom” do empréstimo consignado, produziu um cenário com elevados índices de inadimplência em diversos meios de pagamento, principalmente no primeiro semestre do ano passado”, explicou, em comunicado o vice-presidente da Telecheque, José Antônio Praxedes Neto. “Mas, agora, notamos um movimento inverso, em que há maior incentivo às renegociações de dívidas, receio do consumidor na tomada de crédito e maior cuidado do mercado financeiro na liberação de crédito. A combinação desses fatores deve nos levar a indicadores mais baixos de inadimplência nos próximos meses, nos quais os consumidores devem se mostrar bem mais prudentes”, acrescentou.
valor
Ainda de acordo com a pesquisa, houve crescimento do valor médio dos cheques transacionados no varejo no ano passado. O resultado passou de R$ 114, em 2005, para R$ 132, em 2006, o que representou aumento de 15,63%.
Entre os estados pesquisados, 11 registraram queda no índice de cheques sem fundos no ano passado, em comparação com 2005. Os destaques foram Alagoas e Mato Grosso, onde a inadimplência caiu 20,81% e 14,23%, respectivamente. São Paulo e Rio de Janeiro também apresentaram quedas: os paulistas, com -4,07%, e os fluminenses com -7,43%.
Já entre os estados que registraram alta, o destaque foi o Rio Grande do Norte, onde o crescimento da inadimplência chegou a 66,67%. Em seguida, ficou o Maranhão, com elevação de 40,24%.
Os maranhenses também lideraram o ranking dos índices de cheques sem fundos mais altos em 2006. O indicador do estado atingiu 3,52% e foi seguido por Amazonas (3,42%) e Pará (3,13%). Na outra ponta, as menores ocorrências ficaram por conta dos estados de Santa Catarina (índice de 1,69%), Goiás (1,73%) e Alagoas (1,75%). São Paulo e Rio de Janeiro ficaram na zona intermediária, com índices de 2,12% e 2,74%, respectivamente.