O presidente da Câmara, Aldo Rebelo, defendeu nesta terça, durante o seminário “Desafios à Expansão da Agropecuária Brasileira”, a afirmação dos interesses nacionais na política agropecuária do País. Ele criticou o protecionismo agrícola da União Européia e dos Estados Unidos e a ingerência de instituições e organismos internacionais na relação entre produção e preservação ambiental, sobretudo na Amazônia.
Aldo rebateu as críticas estrangeiras de que a agricultura seria responsável pela devastação ambiental no Brasil.
O presidente da Câmara, Aldo Rebelo, defendeu nesta terça, durante o seminário “Desafios à Expansão da Agropecuária Brasileira”, a afirmação dos interesses nacionais na política agropecuária do País. Ele criticou o protecionismo agrícola da União Européia e dos Estados Unidos e a ingerência de instituições e organismos internacionais na relação entre produção e preservação ambiental, sobretudo na Amazônia.
Aldo rebateu as críticas estrangeiras de que a agricultura seria responsável pela devastação ambiental no Brasil. “Todos os brasileiros sabem que é necessário preservar a Amazônia, mas os critérios de preservação devem ser definidos pelo povo e pelo governo brasileiros”, afirmou. “Não podemos aceitar imposições e ingerências estrangeiras”, reforçou.
Segundo ele, a Amazônia pode ao mesmo tempo ser preservada e utilizada de modo produtivo e racional. “Se há um país que protege a natureza e as populações indígenas, é o Brasil. Onde estão as florestas e as populações nativas dos Estados Unidos e da Europa?” questionou. “Não podemos aceitar a imposição de discurso ambiental de autoridades e instituições estrangeiras que sequer conhecem a realidade brasileira”, reforçou.
Protecionismo
Aldo Rebelo criticou ainda as barreiras impostas pelos governos europeus e norte-americano. “O Brasil precisa se posicionar com firmeza nos fóruns internacionais para que os produtos agropecuários nacionais não sejam prejudicados”, afirmou.
Outros convidados também criticaram o protecionismo. Para Roberto Azevêdo, responsável pela área comercial do Ministério das Relações Exteriores, as negociações devem ser a primeira instância para a solução dos entraves comerciais. “Quando os problemas não são resolvidos pela negociação é que devemos acionar a Organização Mundial de Comércio”, complementou.
O presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, deputado Abelardo Lupion (PFL-PR), afirmou que o maior problema da agropecuária está nas dificuldades que os produtores enfrentam para a venda da safra. “Também faltam condições de logística e infra-estrutura, sobretudo na região Centro-Oeste, um dos celeiros agrícolas do País”, apontou. Lupion defendeu ainda políticas de seguros contra secas, enchentes e mudanças no câmbio.
Homenagens
No discurso de abertura do seminário, Aldo Rebelo homenageou o pesquisador aposentado da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Edison Lobato, autor do projeto Embrapa Cerrados; e o ex-ministro da Agricultura Alysson Paulinelli, que abriu as fronteiras do cerrado para a agricultura nos anos 70.
Aldo destacou a agropecuária como patrimônio nacional, pelos empregos e divisas que gera e pelos benefícios à população brasileira e aos habitantes de vários países que compram os produtos alimentícios cultivados aqui. Ele também destacou o papel da Embrapa, que definiu como um “centro de excelência em pesquisa que contribui para projetar o Brasil no mercado agropecuário internacional.”
Agência Câmara, 22 de novembro de 2006.