Prévia do IPC/Fipe mostra alta de 0,16%

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Gazeta Mercantil  Editoria: Nacional  Página: A-4


O resultado da segunda prévia de abril do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), divulgado ontem pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), pode ser o começo de um processo de aumento de preços na capital paulista. A avaliação é do coordenador da pesquisa da Fipe, Márcio Nakane. “Estamos começando a ver um processo de elevação de preços”, disse Nakane.


O IPC apresentou alta de 0,16% nesta semana, ante 0,12% na semana anterior.

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O resultado da segunda prévia de abril do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), divulgado ontem pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), pode ser o começo de um processo de aumento de preços na capital paulista. A avaliação é do coordenador da pesquisa da Fipe, Márcio Nakane. “Estamos começando a ver um processo de elevação de preços”, disse Nakane.


O IPC apresentou alta de 0,16% nesta semana, ante 0,12% na semana anterior. “E, tirando os grupos alimentação, que caiu, e educação, que ficou estável, todos os demais grupos aumentaram da primeira para a segunda semana, com alguns dos grupos com aumentos bem importantes, como vestuário”, afirmou o pesquisador.


Vestuário pressiona


O grupo vestuário subiu 0,47%, a maior alta registrada dentre as sete categorias pesquisadas pela Fipe. Na semana anterior, o grupo registrara deflação de 0,14%. Segundo Nakane, a elevação de preços ocorreu por causa da chegada das linhas de vestuário para outono e inverno.


O pesquisador também destacou altas expressivas em alguns subitens de outros grupos. “O campeão de fato entre os itens foi a batata, que veio extremamente elevada, 15,8% nesta semana”. Outro subitem destacado pelo economista foi o álcool combustível, que apresentou elevação de 5,7%.


Preços no atacado caem e IGP-10 desacelera para 0,18% neste mês


O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) fechou abril com alta de 0,18%, o que representa uma desaceleração de 0,20 ponto percentual na comparação com março, quando a elevação foi de 0,38%. De janeiro a abril, o índice acumula uma alta de 1,23% e, nos últimos 12 meses a variação é de 4,99%.


Os dados divulgados ontem pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) revelam que o Índice de Preços por Atacado (IPA), que responde por 60% da taxa total, também desacelerou e subiu somente 0,03% no período, ante alta de 0,41% em março.


As altas mais expressivas no atacado foram verificadas em combustíveis e lubrificantes para a produção (de -0,06% para 1,19%); arroz em casca (de -9,60% para 9,34%). Em movimento oposto, as maiores desacelerações foram verificadas em alimentos in natura (de 8,10% para 5,58%); aves (19,19% para -9,77%), soja em grãos (1,49% para -3,13%) e laranja (8,28% para -13,10%).


Os preços ao consumidor, que representam 30% do IGP-10, avançaram 0,49%, ante alta de 0,38% no mês anterior. As principais pressões, segundo o levantamento da FGV, vieram de vestuário (-1,86% para 0,38%), com destaque para roupas, e habitação (0,04% para 0,28%), principalmente tarifa de eletricidade residencial e taxa de água e esgoto residencial.


Já o Índice Nacional do Custo da Construção (INCC), que representa 10% da taxa geral, teve aumento de 0,35% em abril, após ter subido 0,21% em março. De acordo com a FGV, a aceleração foi influenciada pelo aumento mais intenso de preços no segmento de mão-de-obra (de 0,01% para 0,54%), em função do reajuste salarial nas cidades de Salvador e Rio de Janeiro.


 




 


 

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