O Banco Central estima que o Brasil vai registrar neste ano um superávit nas transações correntes – saldo entre a entrada e a saída de dólares do país – de US$ 7,7 bilhões. As previsões anteriores chegaram a ser de saldo positivo de US$ 4,5 bilhões. Aumentaram devido ao crescimento das exportações e de investimento estrangeiro direto (IED), que chegarão a, respectivamente, US$ 149 bilhões e US$ 20 bilhões. Os prognósticos anteriores eram de US$ 145 bilhões em vendas e US$ 18 bilhões em IED.
O Banco Central estima que o Brasil vai registrar neste ano um superávit nas transações correntes – saldo entre a entrada e a saída de dólares do país – de US$ 7,7 bilhões. As previsões anteriores chegaram a ser de saldo positivo de US$ 4,5 bilhões. Aumentaram devido ao crescimento das exportações e de investimento estrangeiro direto (IED), que chegarão a, respectivamente, US$ 149 bilhões e US$ 20 bilhões. Os prognósticos anteriores eram de US$ 145 bilhões em vendas e US$ 18 bilhões em IED.
Puxando as transações correntes para baixo, as importações também crescerão mais, segundo o BC. A previsão subiu de US$ 110 bilhões para US$ 112 bilhões. O saldo positivo da balança comercial, assim, tende a ficar em US$ 37 bilhões. Se o IED chegar a US$ 20 bilhões, será a segunda maior cifra registrada pelo BC, excluído o período das privatizações. No primeiro bimestre deste ano, os investimentos estrangeiros diretos chegaram a US$ 3,79 bilhões. “Os investimentos em bolsa também terão crescimento significativo e devem chegar a US$ 12 bilhões”, disse o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes. O comemorado aumento das reservas internacionais apresentou o seu lado negativo. O BC terá que desembolsar US$ 1 bilhão extra para pagar os juros de manutenção das reservas, as quais estão próximas de US$ 108 bilhões. Com a redução do risco-país e a taxa real de juros mais alta do mundo, os dólares não param de entrar. Lopes informou que subiu de US$ 12,4 bilhões para US$ 22 bilhões a projeção para o chamado “hiato financeiro”, que é a previsão sobre quantidade de dólares no mercado.
O aumento da atividade econômica também contribuiu para ampliar as remessas de lucro e dividendos para o exterior, que somaram US$ 1,03 bilhão em fevereiro, contra US$ 828 milhões do mesmo mês de 2006. No bimestre, as remessas foram de US$ 2,1 bilhões, contra US$ 2,3 bilhões de 2006.
Também pesaram os gastos dos brasileiros no exterior. Segundo o BC, foram US$ 6 bilhões entre fevereiro de 2006 e fevereiro deste ano, montante. É a maior soma registrada desde 1947. No mesmo período, os estrangeiros desembolsaram no Brasil US$ 4,45 bilhões, resultando em um déficit na conta de turismo de US$ 1,55 bilhão.