Saldo acumula quase US$ 13 bi até abril

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Gazeta Mercantil  Editoria: Nacional  Página: A-4


Superávit é recorde em relação ao primeiro quadrimestre dos anos anteriores. O superávit comercial brasileiro somou US$ 12,9 bilhões entre janeiro e abril, alta de 4,3% na comparação com o mesmo período do ano passado. O saldo é recorde em relação ao primeiro quadrimestre dos anos anteriores e resultado de US$ 46,4 bilhões em exportações e US$ 33,5 bilhões em importações, também recordes para os períodos.

Gazeta Mercantil  Editoria: Nacional  Página: A-4


Superávit é recorde em relação ao primeiro quadrimestre dos anos anteriores. O superávit comercial brasileiro somou US$ 12,9 bilhões entre janeiro e abril, alta de 4,3% na comparação com o mesmo período do ano passado. O saldo é recorde em relação ao primeiro quadrimestre dos anos anteriores e resultado de US$ 46,4 bilhões em exportações e US$ 33,5 bilhões em importações, também recordes para os períodos. As vendas e as compras do exterior apresentaram crescimento de respectivamente 18,2% e de 24,7% na comparação com os quatro primeiros meses de 2006.


Abril foi o maior saldo mensal obtido neste ano. As importações cresceram menos do que as exportações no mês passado, interrompendo seqüência verificada nos três meses anteriores. As vendas ao exterior somaram US$ 12,4 bilhões, frente US$ 8,2 bilhões em importações. A média diária de exportações totalizou US$ 622,5 milhões, alta de 14,0% em relação a abril do ano passado. Já a média diária de importações do mês passado foi de US$ 412,3 milhões, crescimento de 10,2%. Nos últimos meses, a elevação da média diária de importações foi de 27% a 28%.


Segundo o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Armando de Mello Meziat, a tendência para este ano ainda é de redução do superávit comercial brasileiro.


Isso porque houve um “acontecimento pontual e atípico” devido ao alto volume de importações feitas em abril do ano passado. O destaque foi a redução do crescimento das importações de automóveis, de 51,2% para 27,9%. E a queda de 12,6% das compras de combustíveis e lubrificantes.


“A impressão que temos é que essa foi uma ocorrência só do mês de abril. Nada indica que haverá arrefecimento das importações”, declarou Meziat. A expectativa do secretário é que a corrente comercial brasileira comece a crescer com maior velocidade a partir deste mês por razões sazonais. “Há o início do escoamento das safras agrícolas. Já as importações crescerão por causa do aumento da atividade do setor produtivo nacional”.


Meta de exportações


A meta do governo é exportar US$ 152 bilhões neste ano. As vendas acumuladas nos últimos 12 meses somam US$ 144,97 bilhões. Ou seja, só US$ 7 bilhões a menos do que o alvo. O secretário ponderou, entretanto, que ainda é cedo para rever a meta. Nem a inclusão das operações realizadas por meio da Declaração Simplificada de Exportação (DSE) na balança comercial fez o Desenvolvimento alterar sua meta de vendas ao exterior.


A partir do mês passado o ministério passou a contabilizar as exportações de até US$ 20 mil feitas por meio das DSE. No ano passado, tais operações totalizaram US$ 337,8 milhões.


Assim, as exportações totais do Brasil no período passaram a somar US$ 137,8 bilhões e o superávit comercial, US$ 46,4 bilhões. Os negócios feitos com a declaração simplificada também foram incluídos na série histórica da balança comercial do País.


O secretário reafirmou que o crescimento das receitas das exportações brasileiras neste ano voltaram a ser impulsionadas pelo aumento da quantidade embarcada, e não só pela a alta dos preços internacionais, como ocorreu no ano passado. “A demanda externa, além de estimular o crescimento dos preços, está estimulando o Brasil a vender maiores quantidades.” Entre janeiro e abril, as exportações de produtos manufaturados cresceram 11,6%, as de básicos aumentaram 27,9% e as vendas de semimanufaturados apresentação alta de 20,3%. Destaque para as exportações de álcool etílico (alta de 105,5%), carne bovina (48,2%) e couros e peles (34,5%).


Preços de commodities


Na avaliação de José Augusto de Castro, diretor da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), os resultados da balança comercial de abril surpreende pelas cotações de todas as commodities, especialmente dos produtos básicos. “Isso reflete o crescimento mundial. A China continua comprando muito. Enquanto mantiver esse apetite as exportações continuarão em alta”. Segundo Castro, a tendência de crescimento nas vendas ao exterior dependerá da expansão da economia chinesa durante 2007 e sobretudo, dos índices de inflação dos Estados Unidos.


Apesar da desaceleração das importações no mês de abril, o economista da Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex), Fernando Ribeiro, destacou que a queda não representa mudanças no ritmo das compras ao longo do ano. “O dólar em baixa continuará favorecendo as importações”.


Ribeiro estimou para 2007 um superávit comercial de US$ 41,5 bilhões, sendo US$ 154 bilhões em exportações e US$ 112,5 bilhões em importações. De acordo com os cálculos, as vendas externas são 12% superiores a 2006, enquanto as compras representam acréscimo de 23% em relação ao mesmo período. Já Castro espera para o ano superávit em torno de US$ 40 bilhões. As projeções do saldo, contudo, estão abaixo do recorde de US$ 46,4 bilhões obtidos em 2006.ria do Brasil.


 

 


 


 

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