Skaf espera que Lula priorize o crescimento

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O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, espera que o governo Lula dê prioridade ao crescimento em seu segundo mandato. Ele defende mudanças no Banco Central e a manutenção do ministro da Fazenda, Guido Mantega.


“O presidente não precisa perder tempo e esperar janeiro, pode começar as mudanças já”, afirmou Skaf. “Os juros elevadíssimos custaram caro ao Brasil e gostaria de ouvir do presidente Lula que ele fará o que for necessário para criar um ambiente favorável ao crescimento”.

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, espera que o governo Lula dê prioridade ao crescimento em seu segundo mandato. Ele defende mudanças no Banco Central e a manutenção do ministro da Fazenda, Guido Mantega.


“O presidente não precisa perder tempo e esperar janeiro, pode começar as mudanças já”, afirmou Skaf. “Os juros elevadíssimos custaram caro ao Brasil e gostaria de ouvir do presidente Lula que ele fará o que for necessário para criar um ambiente favorável ao crescimento”.


Ressaltando que o presidente Lula precisará de “coragem” para promover mudanças, Skaf diz esperar novidades no Banco Central. “Espero mudanças no BC, para que tenhamos uma diretoria afinada com a Fazenda – que está em boas mãos com o ministro Guido Mantega.”


Na opinião, o ministro Mantega “mostrou que tem a consciência de que precisa fazer o Brasil crescer” e deve ser mantido. Sobre a política do BC no primeiro mandato, Skaf afirmou: “Essa política monetária teimosa e arrogante atrasou o crescimento e nos custou 3 milhões de empregos. Precisamos de uma ruptura. Não é possível manter no cargo uma pessoa que prometeu crescimento e não cumpriu”, afirmou, em referência ao presidente do BC, Henrique Meirelles, embora sem citá-lo nominalmente.


Skaf afirmou que a Fiesp irá trabalhar “de forma constante e permanente com o governo Lula”. Em breve, a entidade deverá entregar ao governo uma proposta concreta de medidas para acelerar o crescimento. “Vamos dar todo o apoio para melhorar o Brasil.”


O presidente da Fiesp defendeu ainda uma redução nos gastos públicos e afirmou que a classe empresarial não irá aceitar qualquer aumento de carga tributária. “Não vamos admitir aumento de impostos. É preciso reduzir os gastos e promover uma redução na informalidade.”


O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, em comunicado distribuído à imprensa, também disse que a indústria quer que o novo governo racionalize os gastos públicos, abrindo espaço para retomar o crescimento econômico. “A prioridade do novo governo é a questão fiscal. O governo precisa assumir uma nova postura na área fiscal, controlar, racionalizar e até mesmo cortar gastos, para que o setor público recupere sua capacidade de investimento e o setor privado possa ser desonerado gradualmente com a redução da carga tributária”


“O Brasil precisa crescer mais e melhor. Para isso, é necessário completar o ciclo de reformas e, sobretudo, priorizar a agenda pró-crescimento”, afirma o presidente da CNI no comunidado.


Monteiro Neto e Paulo Skaf, que além de presidente da Fiesp é vice da CNI, já haviam anunciado antes da eleição que apoiariam qualquer que fosse o vencedor. Em contrapartida, cobrariam a aprovação de reformas econômicas e reforçariam a pressão do empresariado no Congresso Nacional, pois avaliavam que o novo presidente teria dificuldades em obter maioria no Legislativo.


No comunicado distribuído ontem, o presidente da CNI ressaltou a urgência de se retomar a reforma tributária, a redução da burocracia, o estímulo aos investimentos privados, o fortalecimento das agências reguladoras. Cobrou, também, mais investimentos na educação.

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