Superávit de R$ 469,4 milhões nas exportações

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O saldo da balança comercial fluminense, em agosto, de US$ 469,4 milhões – com aumento de quase US$ 400 milhões frente ao mesmo mês de 2005 -, elevou o superávit dos oito primeiros meses deste ano ao recorde de US$ 2,4 bilhões, com crescimento de 454,8% em relação a igual período de 2005. No acumulado em 12 meses, encerrados em agosto, o montante atinge US$ 3,5 bilhões.

O saldo da balança comercial fluminense, em agosto, de US$ 469,4 milhões – com aumento de quase US$ 400 milhões frente ao mesmo mês de 2005 -, elevou o superávit dos oito primeiros meses deste ano ao recorde de US$ 2,4 bilhões, com crescimento de 454,8% em relação a igual período de 2005. No acumulado em 12 meses, encerrados em agosto, o montante atinge US$ 3,5 bilhões. Os números são do Boletim Rio Exporta, da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), divulgado ontem.

O superávit comercial do estado retrata a forte expansão das exportações, cuja receita cambial, em agosto, de US$ 1,1 bilhão, com avanço de 42,7% sobre o mesmo mês de 2005, fortaleceu o saldo acumulado em 12 meses, que superou, pela primeira vez, a marca de US$ 10 bilhões, ao bater US$ 10,323 bilhões. Ao mesmo tempo, as importações apresentam comportamento inverso. Em agosto, as vendas externas, de US$ 639,3 milhões, caíram 8,9% na comparação com o mesmo mês de 2005, e 0,1% no acumulado de 12 meses, com o montante de US$ 6,9 bilhões.

O desempenho das exportações fluminenses garantiu ao estado a participação de 8,1%, em agosto, e de 7,9%, no acumulado em 12 meses, na pauta exportadora do país. No mês passado, as vendas externas foram bastante diversificadas, com destaque para os três únicos grupos que registraram crescimento: químico, extrativa mineral e de indústrias diversas, com altas respectivas de 103,9%, 72,9% e 24,9%. Os demais gêneros da indústria acusaram retração, sendo a maior delas no setor mecânico, com recuo de 34,9%.

Nos oito primeiros meses deste ano e em 12 meses, a indústria extrativa mineral é imbatível, com avanços de 84,5% e de 92,9%, respectivamente. E, por produto, o maior crescimento de exportações continuou a ser o das vendas de petróleo que, em agosto, somaram US$ 696 milhões, com evolução de 74,2% ante o mesmo mês de 2005. No acumulado deste ano e em 12 meses, o produto responde por receita cambial de US$ 3,9 bilhões e de US$ 5,4 bilhões, respectivamente, com altas respectivas de 85,5% e de 94,3%.

Importações das indústrias extrativa e química caem

As indústrias extrativa mineral e química, no entanto, tiveram comportamento bem mais modesto nas importações. Ambas compraram menos do exterior, no decorrer deste ano. As importações da primeira delas diminuíram 34,5%, em agosto; 22,1% no acumulado do ano; e 19,3% nos últimos 12 meses terminados em agosto. As compras externas da indústria química, por sua vez, tiveram quedas de 28,9%, 12,3% e 15,6%, nos mesmos períodos.

Em contrapartida, dentre os principais produtos importados, os siderúrgicos destacam-se com taxas de crescimento superiores a 1.000% tanto em relação ao mesmo mês do ano passado, quanto nos acumulados do ano e em 12 meses. Também registraram avanço nas compras externas, nos mesmos comparativos, automóveis, caminhões e ônibus (83% no ano e 81,4% em 12 meses) e máquinas, equipamentos e instalações de uso industrial (45,7% no ano e 45,8% em 12 meses).

Os EUA recuperaram, em agosto, a posição de principal parceiro comercial do Estado do Rio de Janeiro, com vendas de US$ 240 milhões, equivalentes a 21,6% do total exportado. O mercado norte-americano permaneceu, ainda, como maior comprador de produtos fluminenses, no valor de US$ 151 milhões, no mês passado, ou seja, uma fatia de 23,6% da pauta. Em seguida, destacaram-se as vendas para o Chile, China, Bahamas e Portugal, com participações respectivas em relação ao total de 12,9%, 10,1%, 8,2% e 6,6%. Mas foram Chile e Cingapura os países que sobressaíram no que diz respeito às taxas de crescimento, com variações acima de 1.000% na comparação com agosto de 2005. No acumulado dos oito primeiros meses deste ano, as vendas direcionadas a Portugal, novamente Chile e Bahamas foram as que apresentaram melhores desempenhos, com altas de 204,7%, 204,1% e 165,8%, respectivamente, sobre igual período de 2005.

Quanto à origem das importações fluminenses, depois dos EUA, sobressaíram as compras da Arábia Saudita, da Argentina, da França e da Alemanha. As maiores taxas de crescimento em relação a agosto de 2005 foram das importações da Austrália e da Argentina, com avanços de 76,2% e de 54,4%, respectivamente, frente ao mesmo mês do ano passado. Já no acumulado no ano, os melhores desempenhos foram registrados por Iraque, China e Austrália, com crescimentos respectivos de 113,4%, 39,2% e 34% sobre o mesmo período de 2005.

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