Taxa de desemprego sobe para 10,1%

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Jornal do Commercio   Editoria: Economia  Página: A-3


Impulsionada pelo crescimento da desocupação em São Paulo, a taxa média de desemprego das seis principais regiões metropolitanas do País votou ao patamar de dois dígitos: ficou em 10,1% em março, acima dos 9,9% registrados em fevereiro. Em março de 2006, havia sido de 10,4%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).


Em São Paulo, a taxa de desemprego saltou para 11,5%, ante 10,6% no mês anterior.

Jornal do Commercio   Editoria: Economia  Página: A-3


Impulsionada pelo crescimento da desocupação em São Paulo, a taxa média de desemprego das seis principais regiões metropolitanas do País votou ao patamar de dois dígitos: ficou em 10,1% em março, acima dos 9,9% registrados em fevereiro. Em março de 2006, havia sido de 10,4%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).


Em São Paulo, a taxa de desemprego saltou para 11,5%, ante 10,6% no mês anterior. Para Cimar Azeredo, gerente da pesquisa mensal de emprego do instituto, “o crescimento preocupa em função da importância que São Paulo tem na pesquisa, já que 40% dos ocupados estão na região”. Houve uma corrida dos paulistas em busca de emprego, o que impediu uma queda na taxa de desocupação oficial do País.


Azeredo sublinhou também que o número de desocupados em São Paulo cresceu 10,4% em fevereiro ante janeiro, com acréscimo de 106 mil pessoas em busca de uma vaga no mercado de trabalho. “Houve uma corrida para o mercado de trabalho em São Paulo em março que não se via nos últimos anos”, afirmou.


O gerente da pesquisa explicou que a taxa de desemprego paulista subiu não por causa de aumento das demissões, mas da maior procura por emprego. O número de pessoas não economicamente ativas (sem trabalho, mas também sem procurar uma vaga no mercado, que inclui aposentados, estudantes, donas de casa e pessoas que desistiram de procurar emprego) caiu 2,2% em março ante fevereiro e 149 mil pessoas voltaram a buscar trabalho na região.


Por outro lado, o número de ocupados em São Paulo aumentou 0,7%, com mais 57 mil pessoas empregadas. Só que o pequeno crescimento não foi suficiente para absorver as milhares de pessoas que procuravam emprego. “O aumento (do desemprego) em São Paulo é um alerta, porque pode reduzir a expectativa de queda mais forte na taxa das seis regiões no segundo semestre”, disse Azeredo.


Segundo o economista, o sinal de alerta é mais forte porque, ainda que a taxa de desemprego aumente sazonalmente em todas as regiões no início do ano, muitas vezes prosseguindo pressionada até o final do primeiro semestre, em São Paulo não havia sido registrada uma alta tão forte, de janeiro para fevereiro, nos anos anteriores. “Isso diminui a expectativa em relação à queda de desemprego (oficial do País) nos próximos meses”, afirmou.


Azeredo explicou que o perfil dos desempregados em São Paulo é semelhante ao das demais regiões e inclui, na maioria, pessoas com 11 anos ou mais de estudo, mulheres e, do total, cerca de 20% procuram emprego pela primeira vez.


Em março, o número de ocupados com carteira assinada ficou estável ante fevereiro, mas aumentou 4,4% ante fevereiro do ano passado, completando 36 meses de expansão consecutiva nessa base de comparação.


O rendimento médio real dos trabalhadores também ficou estável ante fevereiro, mas cresceu 5% na comparação com março de 2006, chegando a uma média de R$ 1.109,50.


Massa de rendimento. O IBGE divulgou pela primeira vez a massa de rendimento real efetivo da população ocupada, que consiste na soma dos ganhos de todos os trabalhadores nas seis principais regiões metropolitanas do País, incluindo benefícios e bônus. Em fevereiro deste ano, a massa somou R$ 22,5 bilhões, com aumento de 7,7% ante igual mês do ano passado, a maior expansão para o mês na série iniciada em 2002. “Isso mostra que a dinâmica do mercado consumidor vai muito bem, como já vinha sendo revelado pela melhoria na qualidade do emprego e do rendimento nos últimos meses”, disse Cimar Azeredo.


 

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