Levantamento feito pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) registra que os trabalhadores conseguiram reajustes acima da inflação em mais de 80% das negociações salariais feitas em 2006. O resultado gerou um aumento real de salário, ou seja, um reajuste superior ao da inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), em 85,7% das negociações firmadas no ano passado. No anterior, o percentual de acordos com reajustes superiores ao da inflação foi de 71,7%.
Levantamento feito pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) registra que os trabalhadores conseguiram reajustes acima da inflação em mais de 80% das negociações salariais feitas em 2006. O resultado gerou um aumento real de salário, ou seja, um reajuste superior ao da inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), em 85,7% das negociações firmadas no ano passado. No anterior, o percentual de acordos com reajustes superiores ao da inflação foi de 71,7%. O comércio e indústria foram os setores que obtiveram os maiores sucessos entre os 656 acordos analisados.
O Dieese atribui o bom desempenho do ano passado ao baixo nível de inflação, 2,81% no ano passado, e ao crescimento, embora pequeno, da economia –2,9% foi a expansão do PIB (Produto Interno Bruto).
Entre os setores, a proporção de reajustes que possibilitaram ao menos a recomposição da inflação é semelhante: indústria (96,9%), comércio (96,5%) e serviços (95,8%). No entanto, a situação muda quando se levam em conta os acordos em que o aumento é superior ao da inflação. Nesse quesito, o comércio foi o setor com melhor desempenho, 91%, seguido pela indústria, com 89%. Serviços ficou em terceiro, com 81%.
Apesar da análise positiva sobre os acordos salariais no ano passado, o Dieese lembra que ainda não foi possível compensar as perdas salariais ocorridas em meados da década de 90. De 1996 a 2003, cerca de 43% das negociações praticadas resultaram em reajustes inferiores ao INPC – o pior ano foi 2003, 58,4%.