Varejo tem maior alta no ano

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As vendas do comércio varejista encerraram setembro com crescimento real de 7,9% em relação ao mesmo mês do ano passado, segundo pesquisa da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP). Foi a maior taxa de expansão no faturamento neste ano, com acréscimo nas vendas em sete dos nove setores pesquisados. De janeiro a setembro, a receita real das lojas, descontada a inflação do período, aumentou 4%.


‘O desempenho do varejo não surpreendeu’, afirma o assessor econômico da Fecomércio-SP, Altamiro Carvalho.

As vendas do comércio varejista encerraram setembro com crescimento real de 7,9% em relação ao mesmo mês do ano passado, segundo pesquisa da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP). Foi a maior taxa de expansão no faturamento neste ano, com acréscimo nas vendas em sete dos nove setores pesquisados. De janeiro a setembro, a receita real das lojas, descontada a inflação do período, aumentou 4%.


‘O desempenho do varejo não surpreendeu’, afirma o assessor econômico da Fecomércio-SP, Altamiro Carvalho. Ele pondera que existe um efeito estatístico de base muito baixa nesse resultado. Em setembro do ano passado, as vendas do comércio bateram no fundo do poço e foi o pior mês de faturamento de 2005. Ficou atrás só de janeiro e fevereiro, tradicionalmente fracos.


De toda forma, o economista ressalta que a recuperação da renda, a inflação cadente e a crescente oferta de crédito impulsionaram o movimento do varejo no mês passado.


O destaque de setembro ficou com as lojas de artigos de vestuário e calçados, que ampliaram em 12,4% as vendas na comparação anual, seguidas pelas farmácias (11,9%), lojas de eletroeletrônicos (9,5%) e revendas de veículos (9,4%).


‘Os artigos de vestuário estão com preços muito baixos e há uma grande oferta de itens importados da China’, lembra Carvalho. De agosto de 1994 até hoje, os preços dos artigos de vestuário subiram 45%, ante uma inflação acumulada no período de 185%, segundo pesquisa do Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M) da Fundação Getúlio Vargas (FGV).


No caso das farmácias, ele ressalta que elas praticamente viraram lojas de conveniência e foram beneficiadas com a queda de preços provocada pelos medicamentos genéricos.


Apenas os segmentos de autopeças e de móveis tiveram queda no faturamento em setembro na comparação anual, de 24,9% e 0,3%, respectivamente.


Já em relação a agosto, o faturamento das lojas em setembro caiu 2,8% em termos reais, sem descontar os efeitos sazonais do período. Na análise de Carvalho, esse recuo confirma a tese de que o comércio atingiu o teto de crescimento. ‘Faz 18 meses que a taxa acumulada anual oscila entre 2,5% e 4%.’


O economista diz que há uma âncora, a taxa de juros, que segura o ritmo de crescimento. Hoje o brasileiro gasta R$ 77 bilhões por ano com juros.


Números


7 setores

registraram acréscimo nas vendas neste ano entre 9

setores pesquisados


4%

foi a receita real das lojas, descontada a inflação de

janeiro a setembro


12,4%

foi quanto cresceram as vendas das lojas de vestuário e calçados na comparação anual. O setor foi o destaque do mês de setembro


45%

foi o aumento do preço dos artigos de vestuário desde de agosto de 1994 até hoje, contra uma inflação acumulada no período de 185%. Os únicos segmentos que registram queda no faturamento foram autopeças e móveis




 

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